quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Cristo Demonstrado na Propagação da Verdade no Mundo


Cristo Demonstrado na Propagação da Verdade no Mundo

Cap. 4:2-6 – Na seção anterior as exortações eram para grupos específicos de indivíduos, mas agora elas se ampliam para os crentes em geral. As exortações aqui têm a ver com o apoio dos santos à divulgação da verdade por meio da oração e da conduta piedosa. Eles são encorajados a orar pelas coisas em geral, e particularmente pelos servos do Senhor em seu trabalho de comunicar a verdade, e também que os santos manteriam um testemunho apropriado para com os perdidos.
Paulo diz: “Perseverai em oração, velando nela com ação de graças” (v. 2). Muitas vezes oramos por algo, mas desistimos. Isto não é bom. O Senhor ensinou que os homens devem “orar sempre, e nunca desfalecer” (Lc 18:1). Já foi dito que precisamos orar tanto quanto precisamos respirar! A alma floresce na atmosfera de oração, mas definha sem ela. Perseverar na oração não significa que devemos insistir com Deus em relação a algo que queremos e persistir em pedir até que Ele nos dê o que estamos pedindo. Isso manifesta um espírito não quebrado que insiste em ter seu próprio caminho. Se essa é a nossa atitude, para nos ensinar uma lição, Deus pode nos conceder o nosso pedido, mas enviar magreza às nossas almas com ele (Sl 106:15). Tiago nos diz que, em todas as nossas orações, devemos acrescentar: “Se o Senhor quiser” (Tg 4:15; Mt 26:39). Isso manifesta um espírito de submissão à vontade divina e um reconhecimento de que, em última análise, queremos a Sua vontade no assunto. “Velando nela” é observar a resposta do Senhor aos nossos pedidos de oração. Isso manifesta fé. Fazê-lo “com ação de graças” manifesta confiança no Senhor. É dizer: “Qualquer coisa o que o Senhor der como resposta (seja ‘sim’ ou ‘não’), sei que será o melhor para mim, por isso vou me regozijar e dar graças mesmo antes de Ele fazer Seu pensamento conhecido”.
Como mencionado, mais especificamente, Paulo desejou as orações dos santos pelo trabalho de divulgar a verdade. Ele diz: “para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do Mistério de Cristo” (v. 3).
Vs. 5-6 – Quanto à sua conduta, ele disse: “Andai com sabedoria para com os que estão de fora, remindo o tempo. [oportunidades – JND] vossa palavra seja sempre agradável [com graça – JND], temperada com sal, para que saibais como vos convém responder a cada um”. Se andarmos com sabedoria em nossa vida diária, teremos “oportunidades” de compartilhar o evangelho com os perdidos (“os que estão de fora”). Andar “para com” implica uma busca genuína de seu bem-estar. Isso abre as portas quando as pessoas percebem que estamos genuinamente interessadas nelas. “Remindo o tempo” refere-se a libertar o tempo livre (o significado de resgatar) em nossos horários ocupados para ser usado no serviço ao Senhor. Paulo fala disso também em Efésios, mas em conexão com uma esfera diferente (Ef 5:15-21). Colocando as duas referências juntas, vemos que existem realmente apenas duas esferas de serviço em que devemos usar nosso tempo: 
  • Remindo o tempo para ajudar as pessoas da comunidade Cristã (“vós” – Ef 5:19, 21).
  • Remindo o tempo para ajudar os que estão fora da comunidade Cristã (“os que estão de fora” – Cl 4:5). 

Esses versículos em Colossenses 4 têm a ver com alcançar os perdidos com o evangelho. É significativo que “orar” seja mencionado antes de alcançar “os que estão de fora”. Isso mostra que todo trabalho de evangelização deve ser feito em clara dependência do Senhor.
“A vossa palavra seja sempre com graça, temperada com sal” (AIBB) tem a ver com a forma como nos aproximamos dos outros. Devemos sempre nos comportar de maneira gentil, cortês e gentil em todas as nossas interações com os homens do mundo. Isso vai funcionar para ganhá-los para Cristo. Mas nosso discurso também deve ser “temperado com sal”. Isso fala de fidelidade. Assim, devemos nos lembrar de ter uma palavra para a consciência do incrédulo, para que eles possam perceber que eles têm que prestar contas com Deus, e que eles precisam estar preparados para encontrá-Lo. As consciências dos incrédulos precisam ser tocadas, mas cortaremos seus ouvidos se os “importunarmos” o tempo todo. Paulo disse que nosso discurso deve ser temperado aqui e ali com uma palavra fiel às suas consciências. Podemos ser excessivamente zelosos ao tentar salvar incrédulos e sermos conhecidos por pressionar demais as consciências dos homens. Isso faz com que as pessoas percam o interesse e se afastem. Zelotes como este parecem pensar que este versículo diz: “A vossa palavra seja sempre salgada, temperada com graça” No entanto, é bem o contrário. As Escrituras indicam que é possível ter “zelo de Deus, mas não com entendimento” (Rm 10:2). O zelo é bom, mas precisa ser guiado pelo conhecimento e sabedoria. Paulo disse aos gálatas: “É bom ser zeloso, mas sempre do bem” (Gl 4:18). Ele acrescenta aqui: “para que saibais como vos convém responder a cada um”. Isso implica que, se andarmos em sabedoria para com os que estão de fora, estimularemos o interesse deles e eles “pedirão” de nós “a razão da esperança que há em nós (1 Pe 3:15). Quando eles têm esse espírito, podemos apontá-los para Cristo.

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