quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Cristo Visto no Crente


Cristo Visto no Crente

Vs. 12-15 – Passando à aplicação prática disso, Paulo diz: “Revesti-vos pois, como eleitos de Deus, santos, e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade. Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro: assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também. E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade [acrescentai o amor – JND], que é o vínculo da perfeição. E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos”. Isso mostra que, desde que nos vestimos do novo homem, nossa vida deve manifestá-lo praticamente. Assim, outra peça de roupa, por assim dizer, é para ser “revestida” que manifesta o caráter do novo homem. Essa mudança de caráter é ilustrada tipicamente em Elias e Eliseu. Elias é um tipo de Cristo que foi elevado ao céu e Eliseu é um tipo de crente. Os filhos dos profetas disseram sobre Eliseu: “O espírito de Elias repousa sobre Eliseu” (2 Rs 2:15). Ele havia rasgado suas próprias vestes e colocado as vestes de Elias, e ao fazê-lo, não teve mais uso para o manto velho, por isso foi deixado de lado.
“Santos e amados” é o que os santos estão diante de Deus. Paulo então lista dez características morais do novo homem, que é como os santos devem ser vistos diante do mundo. Essas coisas são as características morais de Cristo. Quando elas são vistas nos santos enquanto se movem juntos coletivamente, a verdade de “Cristo em vós, a esperança da glória” será exibida diante do mundo (cap. 1:27): 
  • “Compaixão” (Mt 14:14; Mc 1:41).
  • “Bondade” (Ef 4:32).
  • “Humildade” (Mt 11:29).
  • “Mansidão” (Mt 11:29).
  • “Longanimidade” (Hb 12:3).
  • “Paciência” (Mt 26:63; Jo 19:9).
  • “Perdão” (Lc 23:34).
  • “Amor” (Jo 13:1).
  • “Paz” (Jo 14:27).
  • “Gratidão” (Mt 11:25). 

Em meio a todos esses traços maravilhosos de Cristo, Paulo diz: “E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade [acrescentai o amor – JND], que é o vínculo da perfeição” (v. 14). Este é o cinto, por assim dizer, que mantém a nova vestimenta no lugar.
Nós podemos ver porque essa passagem tem sido frequentemente chamada de “o Vestiário do Cristão”. Ela tem a ver com mudança de caráter. Como mencionado, é o antítipo de Israel circuncidando-se em Gilgal. Ao fazê-lo, o Senhor tirou “o opróbrio do Egito” de sobre eles (Js 5:9). Da mesma forma, quando uma pessoa vem a Cristo pela primeira vez, ele carrega as marcas de sua vida no mundo, das quais o Egito é um tipo. Mas, ao passar pelo exercício deste capítulo de desvestir aquela roupa velha e vestir a nova, ele não é mais marcado pelas coisas de sua antiga vida. A vergonha e a reprovação acabaram porque houve uma mudança de caráter.
Como o novo homem é conformado segundo “a imagem daqu’Ele que o criou”, sendo parte da raça da nova criação, somos plenamente capazes de representar a Deus neste mundo.

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