Os Dois Ministérios de Paulo
Caps. 1:23b-2:3 – É o desejo
de Deus que “toda criatura que está
debaixo do céu” tenha a oportunidade de ouvir essas coisas maravilhosas e
ser abençoada em Cristo por elas (1 Tm 2:4). Em vista disso, Paulo continua
falando dos dois ministérios que o
Senhor lhe havia dado para levar a verdade ao mundo.
Tendo já falado do “evangelho”, do qual ele diz que se
tornou um “ministro” (v. 23b), Paulo
expande isso e fala de um ministério adicional que lhe foi dado – a revelação
do Mistério a respeito de Cristo e a Igreja. Ele diz: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o
resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja [assembleia – JND]; Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me
foi concedida para convosco, para cumprir [completar – JND] a palavra
de Deus; O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as
gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; Aos quais Deus quis fazer
conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é
Cristo em vós, esperança da glória”
Assim, Paulo teve dois
ministérios: pregar “o evangelho”
aos perdidos e ensinar a verdade do “Mistério”
aos santos. O fato de serem mencionados juntos aqui, e também em Romanos 16:25
e novamente em Efésios 3:8-9, mostra que essas duas coisas estão conectadas e
devem sempre ser tratadas como tais. A verdade do evangelho deve fluir para a
verdade da Igreja. Infelizmente, muitos Cristãos não têm visto isso e focalizam
seus esforços no trabalho do evangelho sem dar a devida atenção ao ensino de seus
convertidos à verdade da Igreja. W. Kelly lamentou sobre isso e escreveu: “Um
dos sinais e provas melancólicos de onde a Igreja está atualmente é que mesmo
nos mais fervorosos filhos de Deus, há apenas um pequeno pensamento em trazer
refrigério aos corações dos santos. O zelo é absorvido na simples conversão dos
pecadores. A glória de Deus na Igreja nada vale... alguém diz isso não para
diminuir a compaixão pelo que perece, mas para insistir nos clamores da glória
e graça de Cristo nos salvos (The
Epistles to Titus and Philemon, pág. 148). Aprendemos com isso que a grande
finalidade do evangelho não é meramente libertar uma pessoa da pena de seus
pecados, por maravilhoso que seja. É fazer com que o convertido entenda o seu
lugar no corpo de Cristo (a Igreja) e, assim, funcione junto com os outros
membros do corpo de acordo com o plano de Deus para exibir a glória de Seu
Filho, tanto agora neste mundo como no mundo vindouro.
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