sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Os Dois Ministérios de Paulo


Os Dois Ministérios de Paulo

Caps. 1:23b-2:3 – É o desejo de Deus que “toda criatura que está debaixo do céu” tenha a oportunidade de ouvir essas coisas maravilhosas e ser abençoada em Cristo por elas (1 Tm 2:4). Em vista disso, Paulo continua falando dos dois ministérios que o Senhor lhe havia dado para levar a verdade ao mundo.
Tendo já falado do “evangelho”, do qual ele diz que se tornou um “ministro” (v. 23b), Paulo expande isso e fala de um ministério adicional que lhe foi dado – a revelação do Mistério a respeito de Cristo e a Igreja. Ele diz: “Regozijo-me agora no que padeço por vós, e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja [assembleia – JND]; Da qual eu estou feito ministro segundo a dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir [completar – JND] a palavra de Deus; O mistério que esteve oculto desde todos os séculos, e em todas as gerações, e que agora foi manifesto aos Seus santos; Aos quais Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, esperança da glória”
Assim, Paulo teve dois ministérios: pregar “o evangelho” aos perdidos e ensinar a verdade do “Mistério” aos santos. O fato de serem mencionados juntos aqui, e também em Romanos 16:25 e novamente em Efésios 3:8-9, mostra que essas duas coisas estão conectadas e devem sempre ser tratadas como tais. A verdade do evangelho deve fluir para a verdade da Igreja. Infelizmente, muitos Cristãos não têm visto isso e focalizam seus esforços no trabalho do evangelho sem dar a devida atenção ao ensino de seus convertidos à verdade da Igreja. W. Kelly lamentou sobre isso e escreveu: “Um dos sinais e provas melancólicos de onde a Igreja está atualmente é que mesmo nos mais fervorosos filhos de Deus, há apenas um pequeno pensamento em trazer refrigério aos corações dos santos. O zelo é absorvido na simples conversão dos pecadores. A glória de Deus na Igreja nada vale... alguém diz isso não para diminuir a compaixão pelo que perece, mas para insistir nos clamores da glória e graça de Cristo nos salvos (The Epistles to Titus and Philemon, pág. 148). Aprendemos com isso que a grande finalidade do evangelho não é meramente libertar uma pessoa da pena de seus pecados, por maravilhoso que seja. É fazer com que o convertido entenda o seu lugar no corpo de Cristo (a Igreja) e, assim, funcione junto com os outros membros do corpo de acordo com o plano de Deus para exibir a glória de Seu Filho, tanto agora neste mundo como no mundo vindouro.

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