quarta-feira, 21 de novembro de 2018

O Custo de Levar a Verdade aos Santos


O Custo de Levar a Verdade aos Santos

V. 24 – Paulo então fala do que lhe custou levar a verdade aos santos. Ele havia sido bombardeado com perseguição, o que lhe causou muito sofrimento (At 9:16; 2 Co 11:23-27), e isso o levou a estar “preso” em Roma (Cl 4:3, 18). Isso mostra que Satanás não fica em silêncio e deixa o evangelho ser pregado e a verdade ensinada. Não, ele levanta oposição a isso. Podemos ter certeza de que tudo o que for introduzido neste mundo concernente a Cristo, Satanás se oporá a isso. Ele se opunha a Cristo quando estava aqui, e agora que Cristo foi para o céu e formou Seu corpo para representá-Lo aqui embaixo, Satanás se opõe a ele. Se ele não pode mais perseguir a Cristo, ele irá voltar sua energia para perseguir Seu corpo. Isso pode ser visto na pergunta que o Senhor perguntou a Paulo antes de ele se converter: “Saulo, Saulo, por que Me persegues?” (At 9:4) Essa declaração mostra que tocar nos membros do corpo de Cristo é tocar em Cristo, por causa da união que existe entre a Cabeça e o corpo. Quando Saulo foi convertido, ele se tornou o ministro-chefe dessa própria verdade e, naturalmente, suportou o peso da perseguição dirigida aos santos. Satanás mirou o vaso que havia sido especialmente levantado por Deus para revelar essa verdade.
Se sofrimento tivesse que ser suportado para trazer a verdade aos santos, então Paulo estava feliz por sofrer pela verdade. Ele disse: “Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós” (TB). Ele explica que, na realidade, foi o mesmo caráter de sofrimento que Cristo mesmo suportou em Sua vida quando em Sua obra para reconciliar o homem a Deus (2 Co 5:19). O sofrimento de Paulo cumpriu “o que falta das aflições de Cristo” (TB). Isto é, quando o Senhor terminou Seu ministério e voltou para o céu, Ele deixou para trás aqueles sofrimentos pela causa da verdade para os outros “cumprirem”. Assim, os sofrimentos de Paulo foram realmente uma extensão dos sofrimentos de Cristo. Estes, naturalmente, não eram os sofrimentos de martírio e de expiação de Cristo. Isso era um tipo completamente diferente do tipo de sofrimento que os ascetas[1] estavam defendendo. Eles estavam mortificando seus corpos “para a satisfação da carne” (cap. 2:23), enquanto Paulo estava sofrendo em seu corpo pela causa do benefício espiritual do “corpo de Cristo”.
Revendo os exercícios de Paulo como ministro, vemos que ele não apenas orou pelos santos (v. 9), e os ensinou por palavras e ações (v. 28), mas também estava preparado para sofrer por eles (v. 24). Essas três coisas devem andar juntas no ministério de cada servo. Uma questão desafiadora que podemos nos perguntar é: “Estou preparado para sofrer pelos santos?”




[1] N. do T.: O ascetismo ou asceticismo é uma filosofia de vida que prega certas práticas de mortificação própria, rituais, ou uma severa renúncia aos prazeres mundanos e na austeridade visando o desenvolvimento espiritual, como, por exemplo, a Ioga.

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